UM ESTUDO SOBRE O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o diagnóstico entre surdez e o autismo infantil. Este diagnóstico tem se constituído em uma dificuldade, provocando muitos contratempos no que diz respeito ao prognóstico, tanto de uma condição quanto de outra. A suspeita de surdez pelos pais tem representado a primeira queixa e tem sido um achado sistemático na história da criança autista, o que poderia, portanto, funcionar como um forte propulsor para o diagnóstico correto. No entanto, é notado que nossa condição fica indefinido ou definido erroneamente, pro tempo maior que necessário, atrasando um tratamento especifico direcionado aos déficits do individuo autista. É comum se atender uma criança autista tendo-a como surda, uma autista e surda concomitantemente, tendo-a apenas como surda ou como autista e, até , ainda mais que raro, uma criança surda tendo-a como autista. Essa dificuldade ocorre, em grande parte, em função de um conhecimento restrito ao autismo, inclusive pelos próprios profissionais. A essência desses acontecimentos liga-se ao fato de que o individuo puramente autista, apesar de não ter uma deficiência auditiva, tem um problema auditivo, mas de ordem central. Sobre esse, há controvérsias quanto ao mesmo estar em nível neurológico inferior ou superior.
Este trabalho poderá fornecer subsídios para o entendimentos das diferenças entre criança autista e surda desde dos aspectos comportamentais gerais e os achados auditivos (objetivos e subjetivos) até os aspectos anátomos-funcionais. Através desses, houve a intenção de enfatizar as hipóteses etiológicas vigentes para o autismo, as quais acredita-se poderem explicar os peculiares comportamentos auditivos de um um individuo autista. Esses,particularmente a ausência de reações auditivas, fazem suspeitar de surdez o que exige encaminhamentos laboratoriais coerentes, bem como da habilidade em identificar os traços clínicos distintivos, muitas vezes sutis, entre os sintomas auditivos, tanto da surdez, quanto do autismo. Assim, os profissionais que estiverem mais a par dessa problemática, poderão detectar precocemente e incluir essa criança num plano terapêutico e educacional adequado às suas necessidades específica. Verificar que o tratamento precoce primordial e uma criança autista não pode ser tratada como surda.
É muito importante antes de tudo, observar se seu filho ao ser chamado pelo seu nome estando de costas se ele atende e ouve; ou quando ele ouve o barulho na direção certa. Isto significa,sendo o teste positivo a sua audição está perfeita, automaticamente não devemos nos guiar pelo exame Bera; pois este detecta no cerébro de uma criança autista surdez profunda, o que demonstra que o exame apresenta falhas . O que ocorre é que a criança autista recebe a mensagem no tronco cerebral, só que não é compreendido e não dá o feedback ; considerando a ausência de resposta o diagnóstico será surdez profunda. Com resultado deste diagnóstico, o especialista irá indicará para esta criança o aparelho auditivo, que vai atrasar o seu desenvolvimento cognitivo e sua linguagem.